Desde a Antiguidade, na Grécia Antiga, a utilização de animais como objeto de estudo já era uma atividade recorrente, tanto que Hipócrates e Aristóteles desfrutaram da prática para obter conhecimentos sobre o corpo humano através da dissecação de seres vivos. Posteriormente, a sociedade moderna passou a utilizar-se destas semelhanças fisiológicas entre humanos e animais como justificativa para realizar também testes de cosméticos e fármacos. O que pouco se foi priorizado, no entanto, foi o bem-estar das cobaias. Somente depois da segunda metade do século XX que se começou a levar em consideração o sofrimento dos animais utilizados nas pesquisas. A bioética também surgiu nesse período, e acabou contribuindo para se começar a questionar a questão moral envolvida na experimentação científica. A partir daí, foram criadas legislações para impedir ou regulamentar a testagem em seres vivos. No Brasil, a lei Arouca entrou em vigor em 8 de maio de 1979, determinando que era possível realizar os testes desde que os animais não estivessem sob condições que ameaçassem suas vidas. Em 2008, uma nova lei foi aprovada, revogando a antiga. A Lei Ordinária 1.794/2008, normatiza o uso de animais para fins científicos e didáticos no país, mas desde que respeite critérios éticos e morais. Ao final, o objetivo deste trabalho é chegar a uma conclusão quanto a ética dos testes em animais e encontrar, como forma de intervenção, alternativas práticas e sustentáveis capazes de substituí-los por meios livres de crueldade. Palavras chaves: Animais, testes, cosméticos.