De acordo com Dill e Calderan (2011), o ordenamento jurídico brasileiro afirma que os pais, figura central do poder familiar, possuem obrigações específicas em virtude da responsabilidade que têm sobre seus filhos, dessa forma, a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 227, estabelece que é dever da família educar, bem como conviver e ter respeito à dignidade dos filhos, devendo sempre primar pelo desenvolvimento saudável do menor. Entretanto, surge um impasse em relação ao modo como os pais escolhem educar seus filhos, como as atitudes de superproteção que podem prejudicar o desenvolvimento emocional e cognitivo (SOARES, SOUZA e MARINHO, 2004). Em virtude do exposto, o objetivo da pesquisa foi investigar a presença de impactos advindos da superproteção parental no desempenho escolar dos filhos. A abordagem do estudo foi de natureza quali-quantitativa, realizada por meio de levantamento bibliográfico e realização de um questionário aplicado de forma virtual, entre os dias 11 de julho de 2023 e 30 de julho de 2023, estruturado com perguntas fechadas e aplicado a 63 filhos e 41 responsáveis residentes do município de Cachoeirinha/RS. O estudo demonstrou que os jovens superprotegidos apresentam, em grande escala, medo de fracassar, falta de autonomia, dificuldade de socialização e de assumir responsabilidades, bem como baixa autoestima, conforme dados obtidos no questionário de autoria própria. Além do mais, a amostragem demonstra que grande parcela dos pais que se consideram superprotetores sentem-se afetados com o fracasso quanto a notas baixas dos filhos, visto que almejam sempre o seu acerto, entretanto, .apesar de visarem, com suas atitudes, à segurança e ao sucesso dos menores, estarão levando-os a um caminho contrário que pode gerar consequências tanto a longo prazo, quanto concomitantemente ao processo de criação, por se tratar de uma postura antagônica ao processo de aprendizagem. Palavras-chaves: Superproteção; Influência; Aprendizagem.