Esta pesquisa analisa as mudanças e permanências nas relações estabelecidas entre o terreiro urbano Associação Ilê Asé Oyá Demir, na cidade de Catu e a comunidade na qual está inserido, compreendendo as formas de (re) existência, conflitos e caminhos possíveis para uma Educação Antirracista. A partir de relatos da comunidade que está no entorno do terreiro, da sacerdotisa Mãe Leu e análise de documentos com foco no período que vai de 2005 a 2023. O recorte temporal utilizado se relaciona com a instalação do terreiro até o momento atual, com o objetivo de compreender as características das relações que vem sendo estabelecidas entre o terreiro e comunidade. Foram realizadas entrevistas, fazendo uso de smartfone, e catalogação de documentos no fórum da cidade e também no terreiro. No decorrer da pesquisa foi possível refletir sobre a Lei 10.639/03, discutindo, conceitos relacionados ao racismo estrutural que estão nitidamente presentes nas relações e conflitos que foram elencados ao longo do projeto. Entender as transformações sociais e políticas, tendo como referências a Lei 10.639/03, a disputa territorial e a inviabilização das religiões de matriz africana são necessidades que possibilitam construir cientificamente um discurso para efetivar nas escolas e nos demais espaços sociais a busca por equidade e uma educação antirracista. O presente projeto de pesquisa apresenta em sua primeira etapa a necessidade de haver uma aproximação de políticas públicas que fomentem o reconhecimento dos terreiros urbanos, enquanto espaços de aquilombamento e ancestralidade. Palavras -chave Terreiros urbanos; Associação Ilê Asé Oyá Demir; Educação Antirracista