O presente trabalho tem como propósito elaborar uma extrusora para reciclar resíduos plásticos de canetas e impressoras 3D, oriundos de espaços makers da rede privada de Porto Alegre. Segundo Paiva (2021), a impressão 3D vem se tornando cada vez mais promissora, posto seu enorme campo de aplicabilidade e suas vantagens, como a viabilização de soluções personalizadas e rápidas. Entretanto, o tipo de plástico mais utilizado nesses equipamentos, o ABS, leva 500 anos para se decompor na natureza. Logo, percebe-se a necessidade de relacionar essa nova tecnologia com práticas sustentáveis. A pesquisa visa desenvolver um protótipo de extrusora que produza filamentos para equipamentos 3D a partir da reutilização de resíduos plásticos resultantes de falhas na impressão. A fim de alcançar o objetivo proposto, será cumprido o caráter bibliográfico, experimental, qualitativo e quantitativo da pesquisa por meio da metodologia estruturada nos seguintes passos: (i) pesquisa bibliográfica sobre os tipos de plásticos em filamentos e projetos prévios para inspiração; (ii) coleta de dados por meio do mapeamento dos laboratórios Makers de escolas privadas de Porto Alegre, assim como entrevistas para obter informações sobre seus gastos de manutenção e o destino de seus descartes; (iii) análise dos dados coletados; (iv) elaboração do protótipo, incluindo trituradores, a produção de uma extrusora 3D, por meio da reutilização de pistolas de cola quente comprometidas, e a programação de um motor de passo responsável por girar o carretel preso a um suporte que coletará o filamento; (v) testes do protótipo, sendo experimentais para verificar a eficácia do triturador, o aquecimento do plástico, a velocidade necessária para o carretel girar e, por fim, teste final para concluir se o filamento gerado funciona corretamente em impressoras 3D. Os resultados parciais indicam que escolas privadas da região não reciclam os descartes gerados por máquinas 3D, além de comprovar, a partir da produção bem-sucedida de um filamento de 40cm de comprimento pelo protótipo desenvolvido na metodologia, a possibilidade de um novo meio de reciclagem. A expectativa é de que se possa elaborar um protótipo totalmente automático com capacidade de produzir filamentos maiores que 1 metro, visando, assim, uma preservação maior do meio-ambiente. Palavras-chave: Engenharia e Materiais; Reciclagem, Impressão 3D.