Os líquens são associações de fungos com algas que, por sua sensibilidade a mudanças atmosféricas como a poluição, podem servir como biomonitores de qualidade do ambiente. Partindo dessa ideia, o projeto teve como objetivo identificar as áreas com maior índice de poluição por meio dos líquens e detectar as principais causas de poluição da cidade de Londrina-PR através dos níveis de acidez de cada região. Na primeira etapa foi demarcado um quadrante de 10 metros quadrados, utilizando apenas um barbante, no vale Água Fresca, localizado na região central de Londrina-PR. Dentro dessa área foi contabilizado o número de árvores e posteriormente o número de líquens maiores que 1 cm encontrados entre 0 metro e 1,5 metro de altura por árvore. A coleta de dados nas regiões Norte, Sul, Leste e Oeste seguem a mesma metodologia usada na região central, mas quando não foi possível a marcação do quadrante, foi feita a contagem da mesma quantidade de árvores encontradas na análise inicial. Uma segunda etapa foi realizada em que foram coletados 10 líquens por região e levados ao laboratório do Colégio Londrinense. As amostras foram dissolvidas em água destilada e depois medidas com uma fita medidora de pH. Ambos os experimentos apresentaram a região Sul de Londrina como a menos poluída e a região Leste como a mais poluída. Em seguida, o grupo levantou questionamentos sobre o resultado obtido e foram realizados levantamentos bibliográficos para sua interpretação. Com isso, pôde-se concluir que os ventos de Londrina e região sopram em direção Leste durante o ano todo, sendo um fenômeno que ocorre há anos na área do norte do Paraná, segundo o site meteorológico internacional WeatherSpark. Descobriu-se também que a parte Sul de Londrina abriga grande porção das regiões de reserva e matas ciliares da cidade. Com o respectivo projeto, pode-se afirmar que o líquen é um bioindicador eficaz, pois apresenta com exatidão os resultados comprovados pelas pesquisas teóricas.