Na contemporaneidade, é notório o crescimento exacerbado do uso de agroquímicos, fungicidas e pesticidas na agricultura mundial, o qual acarreta danos ao ecossistema, à população consumidora, aos trabalhadores e à cadeia alimentar como um todo. À vista disso, o morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.), cultura de suma importância no âmbito agrícola brasileiro, produz o morango, fruto esse que possui altos índices de doenças em pós-colheita, sendo a Antracnose (Colletotrichum acutatum) uma das principais que ocorre nessa fase. Logo, para tratá-la, esses mecanismos nocivos são utilizados, o que revela a importância de métodos alternativos de tratamento serem estudados. Em relação a eles, os óleos essenciais merecem destaque. O óleo essencial de Losna (Artemisia vulgaris), foi utilizado na medicina antiga para tratar inúmeras doenças humanas, o que revela o seu potencial antioxidante. Contudo, estudos acerca da sua potencialidade antifúngica são limitados, ressaltando a importância da sua testagem perante fitopatógenos. Com isso, a presente pesquisa objetivou analisar a eficiência do óleo essencial de losna perante a Antracnose no período póscolheita do morango, por meio de teste quantitativo, in vitro e in vivo, além de que, em detrimento dos resultados obtidos, efetuou-se uma avaliação da sua viabilidade econômica para inserção nas lavouras de morango. Para a elaboração do artigo foram feitas pesquisas bibliográficas, testes laboratoriais in vitro, contemplando o meio BDA (Batata, Dextrose e Ágar) para crescimento do fungo, in vivo, contemplando Grau Brix, Solução de Conídios e tratamentos com diferentes concentrações: 0%; 0,25%; 0,5% e 1%; e entrevistas com produtores do fruto. Nos testes in vitro, verificou-se que o óleo essencial abordado, na concentração de 1%, apresenta grande eficiência no controle do crescimento micelial do fitopatógeno quando comparado à concentração 0%. O mesmo se aplica ao teste in vivo, onde é perceptível o controle da incidência e severidade da doença a partir do aumento da concentração do óleo. Ademais, nos testes in vivo, houve a presença natural de outros patógenos, como, Botrytis sp. e Rhizopus sp. Contudo, a incidência e a severidade, aparentemente, foram contidas pelo óleo, porém não foram significativas pela análise estatística. Quanto à análise de viabilidade econômica, constata-se que a aplicação de tal óleo é inviável nas lavouras de morango, tendo em vista que é um cultivo em grande escala e a aplicação não é pontual, além de que não é um método padronizado, o que eleva ainda mais a sua produção e a consequente venda ao mercado consumidor.