O consumo e a procura por proteínas de origem vegetal têm crescido muito nos últimos anos, sendo vistas como forma alternativa em dietas que optam pela renúncia de proteínas de origem animal, seja por intolerância, alergia ou escolha; e visam um estilo de vida mais saudável e favorável ao meio ambiente. As proteínas são importantes macronutrientes em alimentos, sendo fonte de energia e aminoácidos, contribuindo para o crescimento e manutenção do corpo. A proteína vegetal possui diversos benefícios para a saúde, auxiliando no sistema imunológico, prevenindo a perda de massa muscular e melhora na composição corporal. São vistas como a melhor alternativa para dietas com carência de proteínas de origem animal. Entretanto, as proteínas vegetais possuem teor reduzido de aminoácidos essenciais, o que dificulta a absorção de nutrientes e coloca em risco a biodisponibilidade proteica. A biodisponibilidade depende diretamente da digestibilidade, que é a quantidade de proteína que é quebrada por enzimas digestivas e então, absorvidas pelo organismo. A partir da quebra de proteínas são obtidos os peptídeos bioativos, que podem exercer atividade biológica conforme sua organização química, como por exemplo a atividade antioxidante, o que torna a alimentação ainda mais rica nutricional e biologicamente. A pesquisa tem como principal objetivo obter peptídeos antioxidantes utilizando enzimas proteolíticas extraídas do mamão (Carica papaya) e do abacaxi (Anana comosus) a partir de proteínas de origem vegetal. A atividade enzimática foi verificada a partir da medida de absorbâncias em espectrofotômetro UV-vis, o mesmo método foi utilizado para encontrar tanto o pH quanto a temperatura ótima das enzimas obtidas. A proteólise foi feita nas condições ótimas das enzimas papaína (do mamão) e bromelina (do abacaxi), encontradas nas análises. Por fim, a capacidade antioxidante dos hidrolisados proteicos foi analisada pelos métodos ABTS e DPPH, sendo indicado a utilização de mais de um método nesse tipo de análise. Os resultados obtidos de atividade enzimática foram muito satisfatórios, sendo de 7,22 U/mL para a papaína extraída da casca do mamão e 74,3 U/mL para a bromelina extraída do suco do abacaxi; o pH ótimo encontrado para a papaína foi 4,50, sendo obtida uma atividade de 16,48 U/mL, já para a bromelina o pH ótimo encontrado foi 6,0 e a atividade obtida de 82,67 U/mL; a temperatura ótima encontrada para ambas as enzimas foi de 60ºC, e a atividade enzimática foi de 17,17 U/mL para a papaína e 170,13 U/mL para a bromelina. Palavras chave: atividade antioxidante, bromelina, papaína, proteínas vegetais, peptídeos bioativos, enzimas proteolíticas.