A poluição ambiental representa uma séria ameaça ao ecossistema, manifestando-se de forma alarmante através do contínuo lançamento de contaminantes, tais como metais pesados, tanto nas águas quanto nos aterros. O cromo, especificamente, figura entre os metais pesados mais perigosos, é liberado no meio ambiente por meio do descarte de efluentes de indústrias. O íon de cromo (VI) é o mais tóxico e pode estar associado ao oxigênio, como cromato ou dicromato, enquanto o cromo (III) é menos tóxico, geralmente associado a matéria orgânica. A presença de grupos como metoxila, fenol e carboxila na estrutura do polímero natural lignina possuem capacidade de adsorver metais, o que torna a lignina um biossorvente atraente para essa finalidade. Portanto, o trabalho tem como objetivo desenvolver e implementar um processo de tratamento eficaz e seguro para águas contaminadas pelo íon cromo, provenientes de efluentes da indústria de galvanoplastia, utilizando lignina como agente de adsorção, visando minimizar os riscos ambientais, proteger a saúde pública e atender às regulamentações ambientais vigentes. Até o presente momento obteve-se sucesso na obtenção da lignina a partir do tegumento da manga, pelo método acetosolv; ela está sendo testada junto de soluções contendo efluentes de cromo da indústria, a fim de quantificar o percentual de remoção de cromo pela lignina. Como também, foi realizado o teste de Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) para atestar que houve êxito na obtenção da lignina, de modo que as bandas características da mesma foram semelhantes à testes de FTIR de ligninas presentes na literatura. Ademais, está sendo realizado mais extrações para obtenção de maior quantidade de lignina para testes. Palavras-chave: Lignina. Cromo. Águas.