No Brasil, assim como no mundo inteiro, está sendo procurado cada vez mais o uso de energias sustentáveis, como a energia solar. E, com o crescimento das instalações dessa energia, cresce também a necessidade de realizar a limpeza das placas fotovoltaicas, pois com o passar do tempo, o acúmulo de sujeira faz com a capacidade de captação dos raios solares seja baixa e, consequentemente, seu rendimento diminua. Esse serviço de limpeza além de ter um alto custo, também pode ser de risco para os operadores que a realizam, tanto para sua integridade física quanto para suas vidas, pois é feita com os operadores em cima dos telhados, o que pode ocasionar diversos acidentes durante o trabalho. Além disso, há também o dano material que a limpeza manual pode causar, como quebrar as telhas, pela necessidade do operador andar pelo telhado para realizar a limpeza, ou até mesmo a quebra das placas fotovoltaicas, pois em alguns locais não há espaço ao entorno das placas e o operador precisa caminhar por cima delas. Acerca desse problema, o projeto tem como objetivo criar um protótipo virtual para a limpeza de placas fotovoltaicas. Essa limpeza terá sua movimentação feita a partir de um drone, eliminando a necessidade da pessoa responsável pela limpeza subir no telhado da residência e precisar andar em uma superfície alta, se arriscando. O protótipo que será acoplado no drone, e fará a limpeza, foi elaborado no Software Autocad Inventor de forma que ele se adapte às diferentes inclinações da placa e desenhado especificamente para a colocação de um pano (cujo material é microfibra e feltro) e de uma escova (de filamentos de náilon), que realizarão a retirada da sujeira de cima das placas fotovoltaicas. Tal dispositivo foi impresso na Impressora 3D Ultimaker 3 Extended com o material PLA, que é um polímero termoplástico feito com ácido lático a partir de matérias-primas que têm fontes renováveis. Para que a pessoa que realizará a limpeza consiga fazer da melhor forma possível, foi criado um manual de instruções para operação do dispositivo. Primeiramente esse operador deve observar tempo climático pois não é indicado realizar a limpeza em dias com vento (causa instabilidade e perda na eficiência da limpeza) e em dias muito quentes (risco de danos às placas por causa do choque de temperatura das placas quentes e do pano úmido com água fria), em segundo lugar preparar o drone onde o dispositivo será acoplado, as suas baterias e os equipamentos necessários (panos, reservatório de água e trem de pouso), e por último realizar a montagem do dispositivo (drone, seu trem de pouso e o dispositivo). Ao se iniciar a limpeza, deve-se respeitar o sentido de movimentação adequado, que é na vertical, de cima para baixo, assim é possível expulsar a sujeira da melhor forma. Realizando essas etapas e utilizando o dispositivo, a limpeza será bem sucedida, além de ter um custo inferior daquela já feita atualmente, irá garantir uma segurança maior aos operadores que fazem a limpeza, uma vez que eles não precisam mais subir nos telhados das residências. A próxima etapa do projeto visa projetar uma fixação do dispositivo de limpeza que consiga ser encaixado em mais de um tipo de drone, visto que as empresas não possuem todas o mesmo drone e melhorar a pressão do dispositivo nas placas, para uma limpeza que abranja todos os níveis de sujeira. Palavras-chave: Dispositivo. Placa fotovoltaica. Drone. Segurança.