A pele constitui o maior órgão do corpo humano e apresenta diversas funções, como o auxílio na cicatrização de feridas, que acometem grande parcela da sociedade. Apesar de diversos medicamentos estarem disponíveis no mercado, nem sempre são economicamente acessíveis. Assim, a busca por novas alternativas terapêuticas é de grande importância. Este trabalho teve como objetivo pesquisar espécies vegetais úteis no tratamento de feridas, por meio de ensaios químicos e biológicos, visando o futuro desenvolvimento de um fitoterápico benéfico à saúde da pele. Inicialmente, foram repertoriadas 14 espécies nativas e/ou cultivadas no país para esta finalidade, sendo quatro selecionadas para o estudo de bancada: alecrim (Rosmarinus officinalis), aroeira (Schinus terebinthifolius) e duas espécies de Kalanchoe (K. fedtschenkoi e K. tubiflora). Foram preparados dois extratos para cada, a partir das folhas e partes aéreas, um aquoso à quente e outro hidroalcoólico a 70%, ambos na concentração 20% (p/v). As amostras foram analisadas por CLAE-DAD, a fim de investigar os metabólitos bioativos presentes, em um estudo comparativo do perfil fitoquímico. Foram obtidos resultados promissores para todos os extratos, em especial os aquosos, que apresentaram maior teor de fenólicos em relação aos extratos hidroalcóolicos. Os cromatogramas indicaram a presença de flavonoides, ácidos fenólicos e taninos. Ademais, foi realizada a análise da ação antioxidante destas amostras, por meio do teste de DPPH. Com base no CE50 de cada amostra, foi possível comparar sua eficácia, as técnicas extrativas empregadas, bem como examinar as espécies promitentes para próximos ensaios. Os extratos aquosos apresentaram maior efeito antioxidante, em especial K. tubiflora e R. officinalis. De modo a orientar a população acerca do tema, foi desenvolvida uma cartilha educativa, com linguagem didática e acessível, contendo informações pertinentes sobre o uso de plantas e fitoterápicos em feridas, bem como dados específicos das plantas repertoriadas. A cartilha contribui para a divulgação do conhecimento e a promoção da saúde. Também foi realizada uma pesquisa na base de patentes do INPI, de modo a analisar o cenário nacional e a inovação na área. Dentre as patentes localizadas, cinco se destacaram no foco da pesquisa. Não foi localizado nenhum pedido de patente para as espécies de Kalanchoe, sendo promissoras. Os resultados obtidos evidenciam o potencial terapêutico das espécies e estimulam o avanço no projeto, com o intuito de desenvolver um medicamento fitoterápico mais acessível, contribuindo em diferentes aspectos para a saúde da população. Palavras-chave: Fitoterapia; Antioxidante; Cicatrização; Patentes; Plantas medicinais