Um dos maiores problemas de saúde para o ser humano são as Doenças Autoimunes (DAIs), que proporcionam desde a perda de qualidade de vida individual até os elevados custos econômicos para a sociedade. Entre elas, destaca-se o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), uma doença inflamatória crônica, autoimune, multissistêmica, que afeta cerca de 5 milhões de pessoas no mundo, sendo 65 mil destas somente no Brasil. Tal doença é tratada com medicamentos imunossupressores que, além de serem economicamente inacessíveis para grande parcela da população, têm diversos efeitos colaterais negativos. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo estudar as propriedades do fruto Kiwi (Actinidia deliciosa), buscando caracterizar seus componentes bioativos a partir da análise comparativa entre a casca e a polpa, identificando possíveis potenciais farmacológicos que possam auxiliar no alívio e/ou tratamento de sintomas da LES, com destaque para as inflamações. Na primeira parte do projeto foram realizadas buscas bibliográficas por artigos e trabalhos semelhantes para melhor compreensão acerca da temática abordada. Após retorno presencial, serão realizadas extrações utilizando ambas partes do fruto com solventes de diferentes polaridades, seguido de testes qualitativos e quantitativos para avaliação do teor de compostos fenólicos totais presentes nas amostras do fruto, assim como ensaios cromatográficos para maior identificação e quantificação da avaliação de componentes bioativos e nutricionais presentes nas respectivas partes do fruto. Enquanto o retorno não for possível, serão realizadas pesquisas de campo através de formulários on-line, visando coletar dados demográficos, compreender o estilo de vida, analisar os hábitos alimentares e averiguar os efeitos colaterais dos remédios consumidos por pacientes acometidos pelo LES. Por fim, análises estatísticas serão utilizadas para tratar todos os dados obtidos, comparando com possíveis estudos já presentes na literatura. Assim, almeja-se a elaboração de uma formulação ou suplemento alimentar como alternativa à utilização de medicamentos sintéticos no combate aos sintomas do LES, promovendo uma melhor qualidade de vida para os atingidos pela doença, especialmente no Brasil. Ademais, o projeto proporcionará um melhor aproveitamento de resíduos orgânicos do Kiwi.