A pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial herbicida do extrato da mamorana (Pachira aquática) no controle de pragas e patógenos em sistemas de cultivo de agricultura de subsistência, visando alternativas ao controle químico e proporcionando uma agricultura mais sustentável. O estudo envolveu diversas etapas, incluindo a coleta de sementes de mamorana, a produção do extrato, a extração dos princípios ativos, a coleta de plantas infectadas e a aplicação do extrato em folhas contaminadas por diferentes pragas, como traça-do-tomateiro, traça-das-crucíferas, lagarta-do-cartucho do milho, vaquinha, mosca-branca e pulgões. Além disso, foram realizados ensaios comparativos entre o bioherbicida e herbicidas industriais convencionais, bem como análises do solo após a aplicação de ambos os tipos de herbicidas. Os resultados mostraram que o extrato da mamorana possui um potencial herbicida significativo, com princípios ativos como saponinas, taninos, alcaloides, flavonoides e óleos essenciais. A aplicação do bioherbicida demonstrou eficácia no controle de pragas em diversas hortaliças, com uma taxa de sucesso variando de 73% a 100%. Além disso, o bioherbicida apresentou uma repelência de 98% contra as pragas. Na avaliação do solo, os canteiros tratados com o bioherbicida da mamorana apresentaram baixos níveis de contaminantes, enquanto aqueles tratados com herbicidas químicos convencionais exibiram índices alarmantes de metais como cádmio, arsênio, chumbo, níquel, zinco e manganês. Diante desses resultados, o estudo conclui que o uso do bioherbicida derivado da mamorana é uma alternativa viável para uma agricultura mais sustentável, promovendo a produção de alimentos mais saudáveis, sem comprometer os recursos naturais ou a saúde humana. Palavras chaves: Alternativas ao controle químico. Agricultura sustentável. Bioherbicida