Durante as enchentes do Rio Grande do Sul, pela falta de acessibilidade do sistema de alerta da defesa civil, muitas pessoas com deficiência visual e auditiva foram acordadas apenas pelo cheiro, barulho ou vibração da água entrando em suas casas, conforme diversos relatos na imprensa. O projeto GuardTI foi desenvolvido com o objetivo de criar uma solução acessível e inclusiva capaz de fazer a casa se comunicar com o usuário quando um alerta do sistema convencional for recebido. O dispositivo utiliza tecnologias de baixo custo, como o Arduino, sensores e atuadores, para emitir alertas multissensoriais que incluem sinais sonoros, visuais e táteis (vibração). Além disso, o GuardTI permite a automação de dispositivos eletroeletrônicos conectados às suas tomadas, oferecendo uma experiência personalizável e ampliando a segurança do usuário. O sistema é integrado a um aplicativo mobile que monitora notificações e SMS da Defesa Civil, garantindo uma comunicação eficiente com o dispositivo via bluetooth. Quando um alerta é recebido, o dispositivo eletrônico é ativado automaticamente, emitindo alertas adaptados de acordo com as preferências configuradas pelo usuário. Os principais resultados esperados que não dependem da interação dos usuários incluem: tempo de resposta total do dispositivo inferior a 15 segundos (entre recebimento de alerta da defesa civil e ativação), intensidade sonora de alertas entre 80 dB e 90 dB, intensidade luminosa de pelo menos 500 lúmens para os alertas visuais, precisão mínima de 95% na clonagem e controle de dispositivos via infravermelho, e frequências de vibração de pelo menos 1 Hz para os alertas hápticos. Os resultados esperados com base nos dados coletados dos usuários voluntários incluem: pelo menos 85% dos usuários classificando o dispositivo como fácil de usar, 80% dos usuários considerando os alertas eficazes, e 90% de satisfação geral com o funcionamento do dispositivo. Além disso, espera-se que 70% dos usuários aprovem a personalização dos alertas e do controle das tomadas, com a coleta de sugestões qualitativas sobre melhorias e o uso de equipamentos conectados. Mesmo em fase de prototipação, o projeto GuardTI aponta para uma solução inovadora que preenche uma lacuna crítica na inclusão de pessoas com deficiência em sistemas de alerta de emergência. Acreditamos que o acesso à informação e à segurança não é apenas uma questão de inovação, mas também de equidade e respeito à dignidade humana. PALAVRAS-CHAVE: inclusão; tecnologia assistiva; sistemas de alerta; deficiência visual; deficiência auditiva; inovação.