A dengue no Brasil incide tipicamente nos meses mais quentes do ano, sem diferenças qualitativas para as regiões brasileiras, porém, com diferenças quantitativas importantes, dividindo o país em dois grupos distintos quanto ao número de notificações de casos. Essa arbovirose vem se mostrando um dos maiores problemas da atualidade pois suas larvas se desenvolvem facilmente em recipientes com água parada. Os bebedouros de animais vêm se destacando como um dos principais criadouros da larva do Aedes aegypti sendo em muitas situações considerados vilões neste processo, contudo esses bebedouros são de fundamental importância para animais de rua nos grandes centros urbanos. Os animais muitas vezes estão sedentos devido à falta de locais acessíveis para consumirem água e sem bebedouros coletivos esses animais podem vir a óbito caso não contem com a sorte de encontrarem um recipiente com água. Sendo assim faz-se necessário a adaptação à está realidade e buscando soluções para este grave problema da sociedade encontra-se o Guppy, um pequeno peixe que se desenvolve bem em pequenos espaços de água, sem a necessidade de aerador e que se alimenta de pequenas larvas como do Aedes aegypti. Desta forma a associação deste pequeno peixe em bebedouros de vias públicas se mostra uma alternativa ecologicamente viável, pois, une o controle biológico da arbovirose dengue com a manutenção de bebedouros para animais em situação de rua. Com o intuito de reduzir o impacto no meio ambiente foi produzido um bebedouro utilizando materiais alternativos adaptados a inserção e sobrevivência dos Guppies que seja uma fonte de água para os animais em situação de rua. O bebedouro desenvolvido utilizando galões de 20 litro se mostraram eficientes tanto no quesito adaptação dos Guppies como na aceitabilidade pelos animais de rua se apresentando como uma solução imediata a falta de água para os animais de rua e também no controle da proliferação das larvas.