O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma emergência médica com risco de vida, causada pela interrupção do fluxo sanguíneo para o coração. Em situações de primeiros socorros para infarto, a aplicação da tecnologia de Realidade Virtual (RV) pode desempenhar um papel crucial na capacitação dos profissionais de saúde e no aprimoramento do atendimento ao paciente. Ao criar um ambiente simulado, imersivo e realista, o público poderá vivenciar cenários de infarto e aprimorar suas habilidades práticas e decisórias. Neste contexto, este texto discute a utilização da RV como uma ferramenta inovadora para aprimorar a formação e atuação do público em geral durante as ocorrências de infarto agudo do miocárdio. Nos últimos anos, avanços tecnológicos significativos vêm revolucionando a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor. Entre esses avanços, destaca-se a Realidade Virtual (RV), uma tecnologia imersiva que simula ambientes virtuais, proporcionando aos usuários experiências quase reais. A aplicação da RV em diversas áreas, como jogos, entretenimento e educação, tem demonstrado seu potencial como uma ferramenta inovadora para aprendizado. Dentro do contexto de emergências médicas, o treinamento em primeiros socorros desempenha um papel vital na promoção da saúde pública. No entanto, muitas vezes, o treinamento tradicional nessa área é limitado por recursos, disponibilidade de instrutores qualificados e a dificuldade em recriar cenários realistas que reflitam a complexidade das emergências do mundo real. Nesse sentido, a utilização da Realidade Virtual no treinamento de primeiros socorros emerge como uma solução promissora para superar esses desafios, já que integra acessibilidade e escalabilidade. O objetivo deste projeto é apresentar uma abordagem dinâmica para a construção de uma ferramenta de RV que visa ensinar as pessoas a agir em situações emergenciais com eficácia e confiança. Para verificar a aplicabilidade do produto de realidade virtual feito, lideramos um estudo em 24 pessoas. Este estudo foi conduzido como um ensaio controlado randomizado, duplo-cego. Eles foram aleatoriamente designados para uma das seguintes quatro condições: Grupo do Jogo Cardíaco Interativo (ICG): Os participantes se envolveram com um jogo de VR projetado para ensinar técnicas de primeiros socorros cardíacos, especificamente procedimentos de RCP. Grupo do Vídeo Cardíaco (CVG): Os participantes assistiram a um vídeo instrucional que fornecia orientações passo a passo sobre como realizar técnicas de primeiros socorros cardíacos. Grupo de Controle do Jogo Aleatório (RGC): Os participantes jogaram um jogo de VR não relacionado à área médica, escolhido por sua semelhança na interação, mas conteúdo não relacionado. Grupo de Controle do Vídeo Aleatório (RVC): Os participantes assistiram a um vídeo não relacionado à área médica, com duração semelhante ao vídeo sobre primeiros socorros cardíacos. A aprendizagem dos participantes foi avaliada usando um questionário objetivo disponibilizado no Anexo I administrado 1 hora pós-intervenção e no 15º dia pós-intervenção. O questionário focou na compreensão e lembrança dos participantes dos procedimentos de primeiros socorros cardiorrespiratórios. Ele é composto de questões de concursos públicos referente a área de primeiros socorros e questões demográficas básicas. As referências às bancas e aos respectivos anos estão contidas no questionário no Anexo I. As pontuações de desempenho imediatas (1 hora após a intervenção) e atrasadas (15 dias depois da intervenção) do questionário foram calculadas para cada grupo. AVU (Análise de Variância Univariada) foi usada para comparar as pontuações do questionário entre os grupos. Nossos achados indicam que a Realidade Virtual pode representar uma hipótese promissora para o aprimoramento do treinamento em primeiros socorros. PALAVRAS-CHAVE: realidade virtual. emergência. saúde.