Este trabalho visa prototipar uma máscara de proteção individual alternativa, de caráter sustentável, a qual contribuirá para a redução do impacto que o descarte incorreto de máscaras causa nos ambientes naturais. Essa ação, por sua vez, impacta a vida humana e a futura disponibilidade de recursos. Assim, o objetivo da pesquisa é a criação de uma máscara biodegradável a partir do fruto Mangifera indica, uma espécie vegetal muito consumida no Brasil e popularmente conhecida como “manga”. A justificativa para o desenvolvimento deste trabalho é a pandemia do COVID-19, a qual difundiu a máscara como equipamento de proteção individual, acarretando o aumento do descarte de polipropileno, tipo de plástico com tempo de decomposição aproximado de 450 anos. A metodologia da pesquisa constitui-se nas seguintes etapas: a) prototipagem de um tecido a partir da fibra do fruto Mangifera indica; b) testagem da resistência do material à umidade, realizada conforme protocolo de D. Rodrigues; c) avaliação da capacidade de filtração do tecido elaborado, segundo a Secretaria do Estado do RN; d) mensuração do tempo de decomposição do produto elaborado; e e) confecção de uma máscara de proteção individual com material têxtil. Duas receitas foram testadas para a prototipagem, ambas compostas pelo fruto: um preparo com casca e outro sem, com adição de 30 gramas de amido de milho. Esses ingredientes foram liquidificados para compor cada protótipo, e duas frações contendo 50 gramas da mistura de cada uma das receitas foram separadas. As amostras foram desidratadas em estufa a 34 °C por um período de quatro dias. Como resultado desse processo, a amostra mais flexível e intacta foi a de manga sem casca depositada em uma peneira. Ainda se busca o aprimoramento da flexibilidade do tecido. Serão executados os testes previamente citados para que, então, haja a confecção do equipamento de proteção.