O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) está entre os problemas neurocomportamentais mais comuns que afetam crianças entre 6 e 17 anos de idade. O TDAH é considerado um distúrbio neurocomportamental crônico, hereditário, caracterizado por hiperatividade, desatenção e impulsividade. Atualmente são reconhecidos três subtipos de TDAH: predominantemente hiperativo impulsivo, predominantemente desatento e um tipo combinado, caracterizado por uma combinação dos 2 primeiros subtipos. Crianças e adolescentes que sofrem de TDAH vivenciam anos de formação desafiadores. Devido ao comportamento impulsivo e às taxas mais lentas de processamento de informações, eles apresentam desempenho ruim em testes padronizados, obtêm notas mais baixas e são mais propensos a abandonar a escola. O tratamento do TDAH pode consistir em terapia medicamentosa, terapia comportamental ou sua combinação. Independentemente da abordagem utilizada, o tratamento é recomendado para todas as crianças porque o tratamento precoce e eficaz do TDAH tem sido relatado para produzir um melhor prognóstico e menos problemas na idade adulta e proporcionar um alívio para pais e professores. A terapia medicamentosa, por mais que diminua os sintomas do distúrbio, pode apresentar efeitos coletarais adversos, como: irritabilidade, perda de apetite e problemas com sono. Uma alternativa para o tratamento é a musicoterapia, que consiste em intervenções musicais a fim de aumentar o foco e diminuir a hiperatividade de uma maneira muito menos invasiva. A metodologia do estudo consiste na aplicação de um questionário de levantamento, a fim de coletar informações vindas dos pais de crianças e adolescentes portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Tais respostas foram analisadas de maneira qualitativa e serão categorizadas a fim de um aprofundamento e melhor compreensão das vivências em relação a essa condição. A intencionalidade do questionário é analisar as características, dificuldades e tratamentos utilizados por esse grupo, com a finalidade de evidenciar as necessidades e potencialidades de tratamentos alternativos, como a musicoterapia. O formulário foi dividido em cinco seções, com o intuito de facilitar o preenchimento das questões e desenvolvimento das respostas. Todas as perguntas são objetivas e fechadas. Porém, em certas questões, existe a possibilidade de escrever uma nova resposta, devido às diferenças entre as experiências familiares e pessoais em relação ao diagnóstico, tratamento e convivência com o TDAH. Além disso, foi realizada uma entrevista com uma profissional do meio da educação, a fim de usar sua experiência para compreender melhor as necessidades de melhoria para crianças com essa condição. Foram feitos levantamentos sobre a medicação, convivência, abordagem com os pais, e dificuldades com o ensino. A partir da análise dos resultados do formulário, pôde-se concluir que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade aumenta rigorosamente a perda do foco, hiperatividade e impulsividade. Apesar da alta eficácia da musicoterapia como método de redução de sintomas, é uma terapia pouco utilizada para o tratamento do distúrbio. Visto a praticidade do tratamento com medicamentos farmacológicos, os responsáveis optam por aderi-lo. Todavia, foi ressaltado que a musicoterapia é um método de tratamento que possui capacidade de amenizar efetivamente os sintomas do TDAH, tanto em crianças quanto em adolescentes, proporcionando melhorias no âmbito escolar, no desempenho e desenvolvimento do aluno dentro das salas de aula. Palavras- chave: Educação, TDAH, Tratamento, Musicoterapia