A utilização de corantes iniciou-se no século XVII, e com o passar dos anos cresceu absurdamente. Com o tempo, os corantes naturais foram sendo deixados de lado para dar espaço aos corantes sintéticos, porém, tais corantes acabam impactando significativamente quando descartados incorretamente. Além disso, os corantes utilizados para análises histológicas são todos sintéticos e importados, deixando as testagens com alto custo, e inviabilizada sua aplicação em diversos lugares. Um grande exemplo disso são as escolas públicas, que acabam deixando de realizar práticas do componente de Biologia, por não terem condições de comprar produtos com esse alto valor. Para solucionar essa problemática, o objetivo do projeto é desenvolver alternativas naturais e economicamente viáveis para a substituição de corantes sintéticos, utilizados em laboratório para colorações histológicas de tecidos animais e vegetais. A metodologia seguiu três etapas, sendo elas: etapa I a pesquisa bibliográfica com o objetivo de identificar o uso e as problemáticas causadas pelos corantes artificiais; etapa II, entrevistas com profissionais da área buscando entender como os corantes comumente usados podem prejudicar a saúde e/ou o ambiente, sob o olhar de pessoas que vivenciam essa situação; e a etapa III a produção dos corantes naturais através da extração dos pigmentos de raízes, caules, folhas e frutos, utilizando diferentes formas de extração, juntamente com a testagem em lâminas histológicas. Neste momento, o projeto encontra-se na fase de produção e testagem de corantes. Assim, através da extração de pigmentos dos substratos pré-selecionados (beterraba, cenoura, jabuticaba, jambolão e bisnagueira) foram realizados dois testes, totalizando oito amostras. Dentre elas foi perceptível duas amostras com grande potencial de coloração celular, sendo originadas do mesmo extrato, beterraba. Seus modos de extração foram a liquidificação e a fragmentação dos resíduos vegetais seguido de uma coagem simples. Contudo, não foi possível alcançar um resultado satisfatório com toda coletânea de amostras. O corante produzido a partir da jabuticaba, por exemplo, extraído através da maceração, não atingiu os resultados esperados, tendo em vista a baixa intensidade do seu potencial de coloração. Cabe salientar que todos os testes serão realizados em laboratório escolar. Espera-se que, com o desenvolvimento dessa etapa, o grupo possa encontrar os melhores componentes para preparação de lâminas histológicas. Ainda, dentro do foco do projeto, visamos não impactar no consumo da população, usando então, exclusivamente raízes, caules, folhas e restos de frutos. Assim, vamos produzir uma alternativa do produto que já existe no mercado, com mesma eficácia, todavia, sem os problemas ambientais e/ou econômicos, que os convencionais causam. Por fim, com a testagem dos corantes concluídas, o produto poderá ser encaminhado a instituições parceiras para sua divulgação e produção em larga escala. Palavras-chave: Corantes; Lâminas histológicas; Extração; Pigmentos naturais.