A Beldroega (Portulaca oleracea), planta considerada PANC, vem despertando interesse da comunidade cientifica, devido a sua ampla possibilidade de utilização na alimentação, como a obtenção do ômega 3, tendo a finalidade de oferecer alternativas acessíveis e sustentáveis visando amenizar possíveis déficits nutricionais nas parcelas menos favorecidas da população, trazendo assim, melhores condições de bem-estar para o público. Para obtenção do extrato, foi utilizado 6,84g de todas as partes da planta, sendo extraído pelo método de Soxhlet com 50mL de hexano por uma hora. Logo em seguida foi adicionado 10mL de metanol para ressuspender os óleos fixos e cerca de 100mg de carvão ativado para remover as substâncias corantes. Essa mistura foi filtrada, resultando na obtenção de 5mL de material filtrado, livre de corantes. Os ácidos graxos presentes nessa solução foram então transesterificados com metanol pelo método de Hartman e Lago (1973). Posteriormente, a fase hexânica da extração líquido-líquido, livre de água e contendo os ésteres metílicos dos ácidos graxos da beldroega, foram analisados por cromatografia gasosa (equipamento Ciola e Gregory Master) para pesquisar a presença do ácido linoleico (um ácido graxo da série ômega-3). Foi utilizado um detector de ionização de chama. A rampa de temperatura do forno se iniciou a 100° C por 4 minutos, após isso a temperatura foi elevada até 160°C em uma taxa de 10°C/min, e permaneceu nessa temperatura por 30 minutos. Foi utilizado uma coluna carbowax. O sistema operou com fluxo constante, utilizando hidrogênio como gás de arraste com o fluxo de 1mL/min. Além do extrato laboratorial, foi produzido um extrato de beldroega caseiro, inspirando-se na produção do extrato de própolis. A substância foi feita com 17,5g de beldroega e 30ml de álcool de cereais. As amostras da planta foram trituradas e maceradas, adicionadas ao álcool, colocadas em repouso em ambiente escuro por 30 dias, misturando-as diariamente, em seguida, filtradas. A próxima etapa será a realização de testes para quantificar ômega-3 no extrato. Os resultados confirmaram a presença do ácido linolênico (ômega-3) no extrato a partir da análise cromatográfica, entre os compostos. Aparentemente, o baixo pico se deu devido à sucinta quantidade de amostra e a todos os processos realizados para possibilitar o teste. Nesse âmbito, a próxima etapa é a análise estatística e comparação dos dados, visando quantificar o nutriente para gerar diferentes alternativas de consumo do extrato. No âmbito da pesquisa pelo formulário, constatou-se que das 135 respostas obtidas, 94,1% das pessoas não tinham conhecimento da presença do ômega-3 na beldroega. Entretanto, 88,1% dos participantes afirmaram que, caso existissem produtos comestíveis com a Portulaca oleracea, os consumiriam. Portanto, a fonte significativa de óleos ômega-3, P. oleracea pode trazer benefícios consideráveis ​​à saúde pelo seu valor nutricional, sendo fundamental a análise científica dos seus componentes químicos, com intuito de avaliar quantitativamente o teor de ácidos graxos (Ômega 3) a partir do extrato da planta, como forma de acessibilizar o consumo as pessoas. Palavras chaves: Ômega 3, Beldroega e extrato