A presente pesquisa tem como objetivo desenvolver um método mais eficiente e sustentável para obtenção de um composto para o tratamento de efluentes, à base de criptomelano. O processo atual não é aplicado industrialmente, apesar de sua eficiência comprovada na remoção de óleos, pois apresenta um longo tempo de fabricação, consome um grande volume de água e necessita de alto investimento para implementação. Diante disso, foram testadas diferentes formas de fabricação do criptomelano sem solvente, como substituição do método convencional de refluxo, o qual possui duração de vinte e quatro horas. Após passarem pelas demais etapas de formação do material, que englobam, sequencialmente, procedimentos de lavagem, filtração a vácuo, troca iônica com solução de cloreto de amônio, filtração a vácuo novamente, secagem em estufa, liberação de gás nitrogênio em forno mufla e revestimento com vapores de silicone, foi observado que a amostra fabricada em banho-maria apresentou, aproximadamente, o dobro de rendimento da amostra preparada em estufa, sendo selecionada como a com procedimento mais eficiente para aplicação dos próximos passos. Sendo assim, mais testes foram realizados em banho-maria, na busca de otimização dos parâmetros do processo. Além do rendimento, a eficiência na remoção de óleo de uma mistura água-óleo foi usada para avaliação do material desenvolvido. A amostra produzida em banho-maria, por oito horas com agitação mecânica, apresentou resultado de 85,66% de eficiência na remoção do óleo adicionado, considerado um resultado favorável, em função de ser feita com procedimento que resulta em maior rendimento e menor quantidade de reagente em excesso. Dessa forma, elaborou-se um novo método de produção do criptomelano, reduzindo-se de 192 mil litros para 2,5 mil litros de água, na fabricação de 1 quilograma de produto, além de diminuir o tempo de vinte e quatro horas para oito horas, e que mesmo que não apresente o melhor resultado em relação ao teste de absorção de óleo, possui maior acessibilidade econômica. Com isso, o produto torna-se viável para ser fabricado em escala industrial para o tratamento de efluentes contaminados com óleo, provindos da indústria. Palavras-chave: Óleo; Otimização; Criptomelano;