A exploração de petróleo, em grande parte, ocorre em ambientes marinhos, tornando-se uma preocupação mundial. Em casos de derramamentos de óleo, os danos aos ecossistemas podem ser devastadores. Nesse contexto, as partículas magnéticas se destacam como uma solução promissora para a descontaminação de meios aquosos como método de adsorção. Os adsorventes oferecem vantagens diferenciadas, como baixa toxicidade, biocompatibilidade e capacidade de degradação natural. Entretanto, para assegurar uma estabilidade das partículas de óxido de ferro, é essencial revesti-las com moléculas orgânicas ou inorgânicas, como o amido. Além disso, quando combinado com partículas magnéticas, o amido pode perder eficiência na adsorção do óleo, tornando necessário o uso de um revestimento adicional, como a cera natural, para promover afinidade superior com o óleo. O objetivo principal desta pesquisa foi verificar a eficiência de partículas magnéticas funcionalizadas com ligantes hidrofílicos e hidrofóbicos na adsorção de óleo. A obtenção do protótipo foi feita via método de coprecipitação, seguido da incorporação do amido e da cera. Pôde-se perceber que o amido em maior proporção mostrou-se eficiente em evitar a oxidação do ferro, proporcionando aumento da estabilidade e do magnetismo. Ensaios iniciais com as partículas apresentaram grande potencial em remediar ambientes aquosos. Amostras com petróleo bruto obtiveram valores de remoção de aproximadamente 70% na água. Estudos futuros são sugeridos no sentido de seguir com a identificação do tamanho das partículas com o auxílio de MEV (microscopia eletrônica de varredura) e uma análise de viabilidade da produção do material. Palavras-chave: Partículas magnéticas; Amido; Cera natural.