As queimaduras são lesões resultantes do contato direto com calor, frio, substâncias químicas, eletricidade ou radiação, sendo um problema significativo de saúde pública devido à sua alta prevalência e gravidade. A Sociedade Brasileira de Química (SBQ) estima que 1 milhão de pessoas no mundo sofrem queimaduras anualmente, com cerca de 150 mil internações por ano no Brasil, sendo 30% das vítimas crianças. Devido a isso, o desenvolvimento de uma pele artificial surge como uma solução promissora, visando substituir a pele danificada e acelerar a cicatrização, sem os riscos associados aos enxertos tradicionais. Um biofilme mimetizador de pele artificial eficaz deve possuir propriedades antimicrobianas, cicatrizantes e hidratantes, além de ser biocompatível, ou seja, não causar reações adversas em outras partes do corpo. Em virtude disso, o projeto tem como objetivo desenvolver uma película para o tratamento de queimaduras, capaz de promover a proliferação e regeneração celular. Para a produção do produto, foi realizada uma pesquisa experimental no laboratório Irmã Neves da Escola Santa Teresinha, em Imperatriz-MA, onde foram produzidas amostras de pele artificial. O processo envolveu a utilização de materiais como ácido acético 5%, quitosana, hidrogéis, ácido hialurônico, albumina e óleo de buriti, selecionados por suas propriedades benéficas na cicatrização de feridas. Foram criados filmes contendo diferentes combinações dos materiais utilizados com uma base de ácido acético e quitosana, testando-se diversas formulações para identificar a mais eficaz no tratamento de queimaduras. Após a produção, as amostras foram deixadas em descanso por 60 horas em ambiente controlado, garantindo a estabilidade e a eficácia dos filmes. Além disso, o projeto incluiu uma pesquisa quantitativa, com entrevistas realizadas junto a profissionais de saúde, a fim de avaliar a percepção sobre o uso de pele artificial no tratamento de queimaduras. Concluiu-se, que o desenvolvimento de uma pele artificial biocompatível representa uma inovação significativa no tratamento de queimaduras, oferecendo uma alternativa mais segura, eficaz e acessível em comparação aos enxertos tradicionais. A película criada neste projeto tem o potencial de acelerar a cicatrização, reduzir os riscos de complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, contribuindo para avanços nas práticas médicas relacionadas ao tratamento de queimaduras. Palavras-chave: Pele artificial; Queimaduras; Regeneração; Biocompatibilidade; Cicatrização.