RESUMO Foram produzidas películas biodegradáveis a base de quitosana e pseudocaule de bananeira com o intuito de gerar materiais com potencial para substituir os plásticos convencionais derivados do petróleo. A bananeira foi retirada em perímetro rural da cidade de Corumbá-MS, e seu pseudocaule foi desfiado e submetido a cortes, após isso, ele foi seco em uma estufa a 60° C, e posteriormente foi triturado em moinho. O material foi peneirado e assim, foi possível a produção dos extratos aquoso e etanólico. Para a produção do extrato aquoso, foi submetida cerca de 30 g da farinha mais espessa do pseudocaule em 250 mL de solução aquosa de hidróxido de sódio (pH 12), por aproximadamente 15 horas, o extrato foi filtrado e neutralizado com ácido clorídrico até chegar em pH 7. Para produzir o extrato etanólico, foi necessário depositar aproximadamente 30 g da farinha mais espessa do pseudocaule em 250 mL de etanol (98%-99%) e aguardar cerca de 15 horas para realizar a filtragem. A solução de quitosana foi produzida com uma solução contendo 2,4 mL de ácido acético glacial em um volume final de 100 mL, esta solução foi utilizada para dissolver 2,5 g de quitosana. A solução de quitosana ficou em repouso no dissecador por 24 horas para poder ser utilizada. Após esses processos foram realizadas várias combinações utilizando a farinha do pseudocaule, extrato aquoso e etanólico de bananeira, solução de quitosana e água, em diferentes quantidades. Foram produzidas 44 amostras, sendo que apenas as contendo solução de quitosana e água e as contendo os extratos de bananeira combinados com a solução de quitosana, foram viáveis, pois apresentaram boa maleabilidade e resistência. As amostras produzidas a partir da farinha do pseudocaule e fibras de bananeira apresentaram-se heterogêneas e quebradiças, não obtendo boas características comerciais. Os testes de degradação se iniciaram em 29/07/2021 e as amostras foram submetidas a degradação em água potável, solução salina (para simular o ambiente marinho), areia e solo, a fim de determinar o tempo de degradação nesses meios. Foram acompanhados até o mês de dezembro, e já foi possível detectar sinais de decomposição nas amostras, como o surgimento de fungos, mudança da coloração e diminuição parcial do seu tamanho. Concluiu-se que as amostras contendo solução de quitosana e água e as contendo solução de quitosana com extrato aquoso ou etanólico de bananeira, são as que apresentaram melhores resultados. No entanto alguns testes adicionais devem ser realizados para determinar a qualidade do material. Palavras-chave: poluição plástica, plásticos biodegradáveis, bioplásticos.