Arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes (Arthropod-borne vírus), assim designados não somente pela sua veiculação, mas principalmente pelo fato de parte do seu ciclo replicativo ocorrer nos insetos. São transmitidos através da picada de artrópodes hematófagos. Na região norte do Estado do Tocantins, a população usa o extrato da polpa e o óleo da amêndoa do tucum mirim como unguento na prevenção e tratamento de picadas de insetos. Nesse contexto, a pesquisa tem por objetivo, obter compostos farmacologicamente ativos a partir do extrato da polpa da Astrocaryum Acaule (tucum mirim) para otimização da atividade inseticida, larvicida e repelente no controle de alternativo de arboviroses. Os métodos práticos iniciaram com: Coleta dos frutos; Análises físicas; Extração do álcool e do óleo do tucum mirim; Extração do óleo essencial; Filtração das amostras; Purificação das amostras; Extração dos princípios ativos da fusão do álcool e óleo do tucum mirim; Construção das armadilhas para obtenção dos insetos; Ensaios para testar a eficácia das amostras; Teste Genético e Molecular dos princípios ativos do Astrocaryum acaule em larva de mosca do chifre (Haematobia irritans). Para extração dos princípios ativos da fusão do álcool e do óleo tucum mirim foram analisados por cromatografia gasosa em conjunto com espectrometria de massas. Nos resultados em 100ml foram encontrados dialpiol 45,1%, icaridina 31,2%, dietiltoluamida 10,3% e cipermitrina 0,3%. O material extraído foi dividido em 4 amostras, na qual a primeira obteve 31,1% princípio ativo, a segunda 68,1%, a terceira 68,7% e a quarta amostra 86,9%. Para os ensaios de eficácia das amostras foram utilizadas fatias de presuntos, as quais foram codificadas e borrifadas com 10ml das amostras contendo o princípio ativo e expostas em diferentes locais. Sendo então acompanhada a cada 10 minutos para verificar o efeito repelente mediante a presença de insetos. Nos testes de repelência, a amostra 04 apresentou a eficácia de 100%, observou-se ainda, a morte de 56% dos insetos, provando assim, que 86,9% de princípio ativos pode ser aplicado como inseticida biológico. Nas placas 02 e 03 o índice de repelência foi de 98%, o índice de inseticida nas duas foi 23%, já na placa 01 foi 95% e valor de inseticida foi de 2%. Na avaliação comparativa entre o material extraído do tucum mirim com três fármacos industriais, obteve-se os seguintes resultados: o industrial apresentou o índice de repelência 56% e inseticida de 31,8% de princípio ativo em 100ml, já o produzido na pesquisa a base de Tucum Mirim apresentou 98% repelência, inseticida de 35% e princípio ativo em 100ml 86,9%. Nos testes de volatilidade em temperatura de 37ºC, a amostra 4 foi a mais eficiente, pois volatizou ao sol em 1:15h e na sombra em 1:41h. com resultados superior à das amostras industriais. Para os testes genéticos e molecular utilizou-se dos métodos de sequenciamento de Sanger, utilizando matérias colhidos das larvas da mosca do chifre. Nesse ensaio observou-se a alteração do códon dos aminoácidos metionina e triptofana, destruindo a Uracila e Guanina (UGG), provocando a morte instantânea da larva, já os que sobreviveram apresentaram indivíduos estéril. A partir desses resultados, observa-se que os princípios ativos do Tucum Mirim apresentam grande eficiência nos teores repelente, larvicida e inseticida. Esse fato deve ser levado em conta no desenho metodológico de futuras pesquisas, para produção de um fármaco biológico sem a composição de elementos químicos tóxicos para os manipuladores e prejuízo para o meio ambiente, sobretudo pela sua inovação tecnológica e por não haver nenhum estudo científico sobre a extração e aplicação dos princípios ativos oriundos dos compostos do extrato e do óleo do tucum mirim. Contribuindo, dessa forma, para a qualidade de vida das regiões sertanejas e urbanas do Brasil e do mundo. Palavras Chaves: Princípios ativos; Repelente; Inseticida; Larvicida