O descarte inadequado dos polímeros não biodegradáveis causa impacto negativo no meio ambiente, tanto terrestre quanto aquático. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas, 2020), estima-se que cerca de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente. Destas, 11 milhões de toneladas são descartadas de forma incorreta e, consequentemente, vão parar nos oceanos, ameaçando a vida marinha e destruindo os ecossistemas naturais. Sendo assim, o presente projeto visa contribuir para mitigar essa situação global – que está impactando cada vez mais na vida terrestre -, por meio da produção de bioplástico obtido a partir de extrato aquoso de casca de arroz e da palha de milho, um resíduo agrossilvopastoril. Segundo estimativa da ONU, 100 mil animais marinhos morrem por ano ingerindo plásticos. A tampa alimentícia de potes de iogurte, um produto que poderia ser feito do bioplástico, é feita de alumínio, e a sua fabricação consome elevadas taxas de energia, contribuindo para o aquecimento global. Desta forma, obtivemos a formação de biofilmes poliméricos que podem ser utilizados, por exemplo, como tampa de potes, podendo ser ingerida pelo ser humano sem problemas para o metabolismo. As sacolas plásticas, um dos principais problemas que encontramos no oceano na forma de partículas, se produzidas com bioplásticos, obtidos de extratos aquosos de casca de arroz e palha de milho com a adição de aglutinantes sintéticos e naturais, terão impacto menor no ambiente. Assim, este trabalho apresenta a possibilidade de produção de bioplásticos, solúveis e degradáveis, na forma de filmes e que apresentam potenciais matérias-primas para o uso industrial.