No Brasil, o câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, após o câncer de pele não melanoma, com taxas mais elevadas nas regiões mais desenvolvidas (Sul e Sudeste) e a menor é observada na região Norte. Ademais, é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Sendo que a incidência e a mortalidade por câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos. Outrossim, estima-se que em 2023 ocorrerão 73.610 novos casos da doença. Portanto, levando em conta sua amplitude, o desenvolvimento de outras terapias é crucial para melhorar e aperfeiçoar os resultados do tratamento, visando aumentar a sobrevida dos pacientes ou até mesmo curar. (INCA) Nosso projeto tem como objetivo o screening molecular para identificar compostos bioativos brasileiros que possam interagir com proteínas oncogênicas no câncer de mama feminino, pois sabe-se que a biodiversidade brasileira, em especial na região amazônica, é uma das maiores do mundo e há uma riqueza de compostos bioativos em plantas, fungos e outros organismos. A floresta amazônica é um tesouro de biodiversidade, abrigando 2.400 espécies de peixes, 1.300 de aves, 425 de mamíferos, 371 de répteis, além de 50 mil espécies de plantas vasculares. A maior floresta tropical do mundo ocupa menos de 1% da superfície terrestre e abriga quase 10% da biodiversidade do planeta. Nesse sentido, identificar e analisar compostos bioativos com potencial terapêutico para o câncer de mama pode contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos mais eficazes, acessíveis e menos tóxicos para os pacientes, visto que o Brasil tem um papel importante no mercado global de produtos naturais e pode se beneficiar economicamente com a descoberta de novos compostos bioativos com atividade anticancerígena. Com a associação de ferramentas de Bioinformática com processos de automatização baseados em linguagem Python, descobrimos que cinco compostos apresentaram alta afinidade com as proteínas selecionadas como alvos terapêuticos (NuBBE_1647, NuBBE_1967, NuBBE_437, NuBBE_1160 e NuBBE_1777). Ao verificarmos a origem desses compostos, descobrimos que alguns deles foram extraídos de plantas que já possuem aplicações medicinais. Como perspectiva de continuidade, pretendemos levantar recursos para prosseguir com os testes in vitro na Universidade Federal do Amazonas utilizando linhagens celulares derivadas de câncer de mama já comercializadas. Palavras-chave: câncer de mama; compostos bioativos; terapia multialvo; bioinformática