O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de modelos didáticos tridimensionais inclusivos voltados para o ensino de Química, utilizando tecnologias Maker e escrita Braille. Esses modelos, fundamentados na teoria semiótica de Charles Peirce, buscam facilitar a compreensão dos conceitos submicroestruturais da matéria por alunos com ou sem deficiência visual e/ou transtornos mentais, como transtorno do espectro autista e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. A proposta parte da premissa de que as representações visuais e táteis dos fenômenos químicos auxiliam significativamente na compreensão científica, especialmente para estudantes que enfrentam dificuldades com a abstração inerente à Química. Este projeto é a continuação de uma iniciativa desenvolvida em 2022 (Edital IFMaker 067/21), e visa expandir a diversidade, qualidade técnica e alcance pedagógico dos modelos inicialmente propostos. Os procedimentos adotados envolvem ciclos de desenvolvimento que incluem as propostas de modelos (Ciclo 1) e posteriormente, a criação de protótipos, validação técnica, incorporação de elementos semióticos e otimização dos modelos. A fase de prototipagem (Ciclo 2) é dividida entre os planos de trabalho das duas alunas bolsistas do projeto, e envolve o uso de softwares de modelagem 3D e impressoras 3D para a criação dos modelos, além das análises de durabilidade e eficiência no uso dos materiais. No Ciclo 3, o projeto submeteu a solicitação de registro de propriedade intelectual e patente dos modelos, visto seu caráter inovador em design inclusivo no ensino de Química. Cada ciclo de desenvolvimento se baseia em ajustes para aprimorar a qualidade técnica e pedagógica dos modelos, com foco na aplicabilidade em sala de aula e na acessibilidade para todos os públicos. Os resultados obtidos mostram que os modelos didáticos apresentam viabilidade técnica e econômica, além de serem pedagogicamente eficazes para promover a inclusão de estudantes com diferentes perfis. As avaliações iniciais indicam que os modelos ajudam na visualização e no entendimento dos conceitos químicos, oferecendo uma experiência de aprendizagem mais concreta e acessível. Conclui-se que os modelos didáticos tridimensionais desenvolvidos possuem um grande potencial pedagógico e se mostram tecnicamente robustos para utilização nos ambientes educacionais. Palavras-chave: autismo, tdah, deficiência visual, Braille, semiótica peirceana, química, tecnologias maker, modelos didáticos inclusivos.