RESPOSTA DE HÍBRIDOS DE MILHO COM DIFERENTES NÍVEIS DE NITROGÊNIO NAS CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS DE RIO DO SUL – SC O milho (Zea mays) é uma cultura que se destaca na sua composição, é usado tanto na alimentação humana quanto animal por ser componente da ração, além de impulsionar a produção de diversos produtos agroindustriais. Tem grande importância econômica e social, sendo objeto de pesquisa e estudos em todo mundo. Apesar de sua produtividade estar aumentando com os avanços tecnológicos, ainda se encontra em uma produtividade média baixa. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi comparar a produtividade de diferentes híbridos de milho submetidos a diferentes doses de nitrogênio, indicando quais híbridos se adaptaram melhor às condições edafoclimáticas da região e em quais doses apresentaram maior produtividade. O experimento foi realizado na área experimental do Instituto Federal Catarinense, localizado em Rio do Sul, Santa Catarina, com Latitude: 27º11’07’’ S e Longitude: 49º39’39’’ W, altitude 655 metros, clima subtropical e solo cambissolo. O solo foi preparado conforme manejo convencional, com uma aração e duas gradagens. Os híbridos utilizados foram: AG 9035; AG 9021; AG 9070; AG 9025, cada híbrido foi submetido aos respectivos níveis de nitrogênio: 100% ROLAS e 150% ROLAS, com o total de 8 faixas de plantio. O plantio foi realizado no dia 05 de setembro e a colheita no dia 01 de março de 2023. A adubação nitrogenada foi realizada em duas aplicações nos dias 04 de outubro e 02 de novembro. O manejo de plantas daninhas, insetos e doenças foi realizada com produtos recomendados e registrados para a cultura. Foi realizada uma adubação foliar. Foram colhidas cinco espigas de cada tratamento, contadas o número de plantas e espigas em uma distância de três metros. Avaliou-se os componentes de rendimento pela contagem de grãos por espiga, pesagem dos grãos e determinação do teor de umidade. Os dados de produtividade foram calculados e corrigidos para 13% de umidade dos grãos. Para a comparação das médias dos tratamentos utilizou-se o teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade. A população de plantas variou de 45.000 a 80.000 plantas/há, situação indesejável para experimentos de comparação de híbridos, demonstrando que falhas ocorreram no estabelecimento das plantas. A relação entre o número de plantas e o número de espigas por planta é uma característica relacionada com a população de plantas por hectare e com as características do híbrido, a relação variou de 0,96 a 1,67. O híbrido AG9070 apresentou maior relação para os dois níveis de nitrogênio e apresentou a menor população. Em relação ao número de grãos por espiga o híbrido AG9035 apresentou as maiores médias, com 637 a 666 grãos por espiga, chegando a 252 g de grãos por espiga quando adubadas com 150% de N. O híbrido com melhor desempenho em relação a aplicação de maior dose de N foi o AG9025, com resposta de 32% no aumento de peso de grãos por espiga. A estimativa de rendimento variou de 8.701 kg/há a 15.963 kg.há-1. O teor de umidade no momento da avaliação variou de 17,8 a 23,9%, demonstrando que existem diferenças em relação ao ciclo dos híbridos, o híbrido AG9021 foi o mais precoce com os menores teores de umidade. Os resultados demonstram que todos os híbridos se mostraram mais produtivos com o nível de nitrogênio a 150%, com diferenças no peso de grãos por espiga variando de 3 a 32%. Em relação a estimativa de rendimento em kg.ha-1, considerando a população de plantas, os híbridos AG 9035, AG9021 e AG9025 foram destaques, com produtividades 266, 250 e 236 sacas.ha-1, respectivamente. Conclui-se que a escolha do híbrido é um fator ligado diretamente a produtividade, considerando sua adaptabilidade a fatores externos como a umidade, temperatura e clima de determinada região, além da escolha do híbrido, os níveis de nitrogênio se mostraram fundamentais ao desenvolvimento e produtividade da cultura. Palavras-chave: Zea mays, Espigas, Componentes, Rendimento.