A necessidade da redução do acúmulo de resíduos é um fator de suma importância, devido aos distúrbios ambientais e as questões sociais uma vez que a poluição causada pelo descarte de materiais plásticos é um dos grandes desafios do século XXI. De acordo com a ONU, são necessários pelo menos 450 anos para que uma garrafa plástica se decomponha e desapareça do meio ambiente. Pensando nisso, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um bioplástico a partir da fibra do sisal, bem como investigar e identificar os problemas que os plásticos não biodegradáveis oferecem ao meio ambiente, e também compreender a produção dos bioplástico e seus benefícios pois, apesar da comunidade de Tiquara, distrito de Campo Formoso – Bahia ser responsável pela maior parte da produção de sisal (Agave sisalana), essa matéria orgânica não é muito valorizada na região. Nos últimos anos, o interesse da indústria pelo uso de fibras naturais para o reforço de plásticos e a obtenção de materiais com desempenho mecânico e térmico adequado, tem aumentado significativamente. O sisal é uma das principais fontes de extração de fibras duras vegetais do mundo, tendo como principais produtores o Brasil e a África, sendo o Brasil hoje o maior produtor e exportador de fibras e manufaturados do sisal, o que representa divisas anuais para o Brasil na ordem de 80 milhões de dólares. Uma característica sustentável da fibra do sisal é o fato de ela ser uma fibra natural, necessitando de menos tempo para ser absorvida pelo meio ambiente e causando um menor impacto a este quando houver a necessidade de ser descartada, além de apresentar propriedades de durabilidade e resistência. O bioplástico tem em sua composição: amido de milho, glicerina, água e a fibra do sisal. Por fim, foram produzidos protótipos, com o propósito de utilizá-lo como embalagens de vasos de plantas e mudas, fast food, entre outros.