Todos os anos há diversos relatos de acidentes e mortes, causadas por um fenômeno hidrológico conhecido no Brasil como “Cabeça d’água”, comum em rios e córregos de grande declividade localizados ao longo de serras e montanhas. Esse fenômeno é provocado por chuvas intensas e concentradas na cabeceira ou ao longo do curso de um rio, que faz com que haja um aumento súbito do seu nível e da sua vazão, causando uma cheia repentina com ascensão rápida à medida que se propaga para a jusante. Visitar essas regiões pode não ser seguro. Guias que atuam em parques com cachoeiras, relatam que as precipitações que provocam a cabeça d’água, geralmente acontecem fora do campo de visão, fazendo com que muitos banhistas sejam surpreendidos pela chegada da onda que apresenta alto potencial destrutivo. Com o intuito de possibilitar uma visita segura à essas regiões surgiu o SIMAC – Sistema de monitoramento e alerta para cachoeiras suscetíveis à ocorrência de cabeça d’água. O objetivo principal deste projeto consiste no desenvolvimento, construção e instalação de um equipamento que irá monitorar o comportamento do rio acima da região da queda d’água. O protótipo desenvolvido na primeira fase consiste em um sensor ultrassônico e um sensor de fluxo, conectados a uma placa de prototipagem arduino e uma placa de expansão Shield Ethernet. Eles farão as leituras do aumento do nível do rio e da sua vazão. Esses dados, após associados e tratados, irão gerar os alertas de risco à ocorrência do fenômeno, que serão transmitidos através do aplicativo SIMAC, desenvolvido na segunda fase deste projeto a partir da plataforma BLYNK®. O APP atuará como sistema de alerta e permitirá que banhistas e órgãos responsáveis pelas regiões monitoradas tenham acesso à essas informações, auxiliando nos protocolos de evacuação do local, antes da chegada da cabeça d’água, contribuindo para a segurança das pessoas que visitam áreas de riscos, evitando assim novas tragédias.