A deficiência intelectual é um atraso no desenvolvimento cognitivo e comportamental individual do funcionamento do cérebro. Conforme a AAIDD (Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento), suas principais características são limitações fisiológicas, limitação na adaptação ao ambiente e no convívio social e dificuldade com a prática motora nos afazeres. Sendo assim, o deficiente enfrenta diversas barreiras para obter uma vida socialmente ativa. Segundo IBGE, 5,72% dos deficientes no Brasil, são deficientes intelectuais. Ao analisar a nível de mercado de trabalho e inclusão social, conforme a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), apenas 2,45% desses, com idade de 18 a 64 anos, estão no mercado de trabalho. Mesmo com a Lei 8.213/91, que define que as empresas precisam ter uma porcentagem de cotas das vagas de emprego para pessoas com deficiência, que pode variar de 2% até 5% de acordo com o número de funcionários da empresa, ainda assim apenas 53,02% destas cotas são preenchidas. Com isso, o grupo pensou como seria possível aumentar a inclusão de deficientes intelectuais no mercado de trabalho, a partir de um sistema de auxílio à montagem industrial, fazendo com que esses desempenhem com segurança e eficiência uma determinada função. Então, decidiu-se fazer o Sistema de Montagem Industrial para Deficientes Intelectuais – SMIDI. O projeto tem como objetivo inserir cada vez mais deficientes intelectuais no mercado de trabalho ao proporcionar para o colaborador a segurança, a metodologia e eficiência ao cumprir sua tarefa, e ao empregador a opção necessária para incluir deficientes intelectuais em sua empresa, no setor de montagem, com a confiabilidade que a função exige. Para a metodologia do sistema, o grupo utilizou estudos da Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, a teoria geral e os quatro pilares da aprendizagem de Jean Piaget e os estudos da correlação entre o indivíduo e objetos tangíveis de Lev Vygotsky, e assim tendo embasamento teórico sobre a didática do projeto. O protótipo está sendo feito com um dispositivo Arduino Uno, um display TFT 3,5”, compartimentos das peças, LED´s para a sinalização, botões de comando para o display e um carrinho montável de brinquedo. Um LED acenderá em um dos compartimentos, indicando ao colaborador qual peça pegar, o display então mostrará uma imagem instruindo como, e o que fazer com a peça e após completar a etapa de montagem, o colaborador apertará o botão para ir para a próxima etapa, onde outro LED irá acender, indicando outra peça para montagem e outra imagem aparecerá no display, assim sucessivamente até completar a montagem. Quando a montagem do produto é completada, o ciclo reinicia para auxiliar a montagem do próximo. No momento, o projeto se encontra no estágio de programação do Arduino. Pela atual situação que estamos vivenciando, o grupo apresentará o protótipo e a metodologia para especialistas na área da psicopedagogia, da psicologia e para responsáveis de empresas de montagem, através de reuniões e questionários semiestruturados e, assim, será averiguada a eficiência e aceitação do projeto, para ser implementado e testado na prática. Palavras chave: Sistema. Deficiência Intelectual. Mercado de Trabalho. Inclusão