O projeto tem por objetivo na produção de tenébrio molitor e demonstrar sua importância na nutrição animal e uma alternativa na alimentação humana, sabendo que ainda existe uma resistência e preconceito quanto a isso, questões sociais e culturais, devido a experiência que o ser humano tem sobre as diversas espécies de insetos remete a tempos antigos, podendo ser constatado, quando se observa, em templos e cidades antigas, pinturas e esculturas que demonstram tamanha proximidade entre o homem e os insetos. A alimentação por insetos e uma das alternativas devido a crescente população mundial para os próximos anos chegando próximo de 9,7 bilhões de habitantes em 2050, desta forma terá que criar alternativas viáveis de produção de alimentos que sejam capazes de ser produzidos com baixa energia, terra, de padrão de qualidade, com altos valores nutricional e principalmente sustentáveis. Os insetos alimentícios, ou seja, Tenébrio molitor estão assumindo um papel considerável dentro da nutrição animal, pesquisadores do mundo todo buscam soluções para suprir a demanda global de alimentos, que a cada ano exige mais produtos de origem animal que sejam sustentáveis e capazes de atender os pilares da sustentabilidade: econômico, sociais (justo) e ambientais (amigavelmente correto ou eco friendly), e econômicos – os insetos surgem como alimentos alternativos viáveis para atender a este mercado, pois para a sua produção requerem pequenos espaços, crescem e se reproduzem facilmente, criados a partir de resíduos orgânicos, demandam menos água, área e energia que outros animais, alimento natural de várias espécies (peixes, aves, suínos, pets) e humana. Entre os insetos mais estudados, temos os tenébrios, que são besouros da família Tenebrionidae, tendo seu representante mais conhecido os Tenébrios da Farinha Tenébrio molitor, podendo ter de alguns milímetros até alguns centímetros. Os tenébrios são holometábolos, e isso significa que o seu desenvolvimento se completa após passar por seus quatro estádios de crescimento: ovo – larva – pupa – adultos. São animais tranquilos de manejar, pois não possuem odor forte, não são peçonhentos (venenosos) ou possuem ferrão, devem ser criados em ambientes secos com baixa umidade, não exigem equipamentos especiais. Para sua alimentação utiliza-se substratos de farelo de trigo, aveia, milho, rações de coelhos, ração de aves inicias e como fonte de humidade e alimento cenoura, pão, abobrinha, pepino, isopor, etc. E comparando o nível nutricional de proteína (a cada 100 gramas: gafanhoto 65 g, grilo preto 48 g, larva de tenébrio 47 g, formiga saúva 42 g, peixe 22 g, frango 20 g, gado 20 g e suíno 18 g. De modo geral, os insetos mais utilizados como alimentos para animais apresentam: 35 a 70% de proteína bruta, 3 a 11% de matéria mineral (nutrientes com base na matéria seca), 2 a 15% de carboidrato e 9 a 40% de lipídeos. As larvas poderão ser utilizadas vivas, resfriadas, congeladas, desidratadas e na forma de farinha. O Tenébrio comum é composto de proteína bruta (50,1%), extrativo não nitrogenado (8±0,2%), fibra bruta (1,73%), Ca (133 ppm), P (3345 ppm), gordura (12,72%), umidade (62,44%), sendo os seus aminoácidos principais a histidina, treonina e a lisina. Os insetos surgem como alimentos alternativos viáveis para atender este mercado de uma forma sustentável. Palavras chaves: tenébrio molitor; sustentabilidade; substrato