A desigualdade de gênero é uma questão que assola a humanidade ainda no século XXI. Assim, a promoção da equidade e da autonomia das mulheres está incluída como o 5° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2023). Entretanto, ainda há uma distância entre a realidade e a realização desta meta, especialmente na área da tecnologia, onde existe uma presença feminina reduzida e uma taxa de evasão elevada. O presente estudo objetiva contribuir para o ingresso e a permanência de meninas em cursos da área de informática, sendo realizado em etapas quantitativas, com a coleta de dados na plataforma Nilo Peçanha e a revisão bibliográfica dos periódicos do Capes, e qualitativas por meio de entrevistas e ações. As entrevistas previstas em profundidade são realizadas com egressas do curso de informática, as quais são categorizadas e em seguida é feita a análise de conteúdo. Já as ações ocorrem por meio de atividades desenvolvidas com a comunidade interna e externa do Campus Feliz, com a proposta de ações previstas contemplando: oficinas e palestras (online e/ou presencial) sobre a área da tecnologia e gênero para alunas (os) e/ou formação docentes; oficinas e momentos de integração entre as estudantes matriculadas no Curso Técnico em informática; plataforma gamificada “Transistoras”, espaço virtual desenvolvido para aproximar e acolher as estudantes. Estas análises apontam uma insuficiência de discussões da influência do gênero na evasão feminina em cursos de tecnologia, já que os fatores considerados se limitam a variáveis monetárias e institucionais, ainda que a desigualdade de gênero nessa área seja comprovada por diversos estudos. Ademais, se mostra uma grande sub-representatividade feminina, sendo as estudantes apenas 25% do total de alunos nos cursos e a taxa de evasão feminina chegando a 25% das ingressantes. No IFRS, foco do projeto, percebe-se que o número de matriculadas é cerca de apenas 25%. Na instituição, a taxa de evasão também é de 25% das matriculadas, sendo 7,5% maior do que a taxa masculina.Já as entrevistas firmaram algumas das hipóteses criadas e revelaram que os fatores que afetam o ingresso das estudantes também afeta sua permanência e êxito: é a presença reduzida, falta de representatividade, a construção do profissional masculino, discriminação de gênero (requentemente invisibilisada) e a falta de conhecimento sobre tecnologia. Assim, mostram-se necessárias intervenções na área, estas como as que o projeto visa e executa, condicionando meninas não somente a entrar na área como seguir carreira na mesma, a fim de combater a discrepância entre homens e mulheres na tecnologia. Palavras-Chave: Evasão Escolar; Gênero; Tecnologia.