O objetivo do projeto é criar um larvicida eficaz contra as larvas de Aedes aegypti utilizando os óleos essenciais de cravo-da-índia e alecrim como forma de inibir o desenvolvimento do vetor para o estágio adulto (mosquito). Os objetivos de maior especificidade se apresentam no ponto de analisar o potencial larvicida dos óleos essenciais e junto, definir qual óleo tem maior efetividade na erradicação das larvas do Aedes aegypti e qual a quantidade de óleo essencial é mais efetiva. Os procedimentos utilizados se inicia com a técnica de arraste de vapor para a obtenção de ambos os óleos essenciais, onde foi utilizado 30g de botões florais de cravo-da-índia para o óleo essencial de Syzygium aromaticum e 15g de folhas de alecrim para o óleo essencial de Rosmarinus officinalis (cada um em seu próprio sistema de arraste), juntamente com 150mL de água deionizada. Já nos balões fornecedores de vapor, foram utilizados 400mL de água deionizada; no arraste utilizando os botões florais de cravo-da-índia houve um rendimento de 200mL de emulsão, já no arraste com as folhas de alecrim, houve 50mL de emulsão . A separação dos óleos essenciais foi realizada por pêras de separação, onde foi deixado a emulsão em repouso com o objetivo de se fazer a separação por diferença de fases- ficando 7 dias em repouso; por não se apresentar efetiva a primeira técnica de separação, a pesquisadora realizou um teste com o sal sulfato de sódio que tem como propriedade a absorção de água; neste teste foram utilizadas 23,75g de sal em 50mL de emulsão deixando em repouso por 20 minutos. Após o repouso, foi realizada uma filtração simples, onde a parte oleosa se apresentou retida na papel de filtro; diante disso, a pesquisadora utilizou 20g de sulfato de sódio para os 150mL restante da emulsão do cravo-da-índia e 10g para a emulsão do alecrim, deixando em repouso por 1h. Após repouso, as emulsões foram filtradas por filtração simples, onde não foi possível reter a parte oleosa no papel de filtro como no teste realizado. A análise instrumental por espectroscopia por infravermelho foi realizada com o objetivo de analisar que tipos de ligações carbônicas estão presentes nos óleos essenciais. Tanto a obtenção do arraste de vapor, quanto óleos essenciais comprados foram submetidos à analise para se ter um comparativo entre os óleos. A análise da obtenção demonstrou pelo aparelho como se fosse água, concluindo-se que havia muita água presente; já nos óleos essenciais comprados, foi possível observar as diferentes ligações carbônicas presentes nos compostos- como ligações entre carbono e hidrogênio, ligações de carbonila, ligações com hidroxila e de carbono-carbono de anel aromático. A formulação do larvicida se deu por uma solução base de Tween 20 a 0,5%, adicionando-se os óleos essenciais. Houve-se então, 1 solução com o Tween 20 a 0,5% (solução 1), 1 solução com a solução base e 30mg de óleo de cravo (solução 2), 1 solução com a solução base e 30mg de óleo de alecrim (solução 3), 1 solução com a solução base e 20mg de óleo de cravo + 10mg de óleo de alecrim (solução 4) e 1 solução com a solução base e 20mg de óleo de alecrim + 10mg de óleo de cravo (solução 5). Os óleos essenciais foram pesados em balança analítica por ser utilizado somente algumas gotas. Os testes nas larvas de Aedes aegypti foram realizados no laboratório de artrópodes da UFRGS, onde 10 larvas foram submetidas a 45mL das 5 soluções e monitoradas durante 48h. Após as 48h, houve-se 8 larvas mortas na solução 2, 6 larvas mortas na solução 4, 6 larvas mortas na solução 3, 4 larvas mortas na solução 5 e 3 larvas mortas na solução 1. Todas as larvas que não morreram, mas que viraram pupas, todas as pupas morreram diferentemente do teste. Conclui-se então, que o óleo essencial mais efetivo foi o de cravo-da-índia e que ambos os óleos possuem ótima atividade pupicida. Palavras-chave: Aedes aegypti. Óleos essenciais. Alecrim. Cravo-da-índia.